“Uma terra qualquer, vila ou cidade, é aquilo que o tempo depositou no seu âmago e que a nossa memória afundada assimilou e carreia. Mesteres, ruas, crenças, este assobio que passa e que entretece a noite, aquela badalada que a divide e lembra um anjo e falar, o pobre bêbado errante e o cortejo nupcial que a atravessa, tudo é tudo. E mortos queridos, ausentes que não voltam, casas que se ampliam ou arrasam (…). O tempo roda enquanto as cidades ficam. Outras desaparecem ou surgem. A Praia da Vitória é dessas. Ainda há quarentas anos a Praça era a Câmara que lá esta, o Corpo da guarda que se alteou, a casa de morgada vendida e carapuçada de cimento, a velha cadeia de Jerónimo Luís o Mau e do Padre António Vieira. Se ele vivesse aqui veria que só os sismos respeitam os cárceres. Foram-se as belas escadarias que faziam da Praça um monumento, as arcadas de abrigo para a chuva, o grande chafariz de tornos grossos. Escapou a torre do sino.(…) Mas há dias recebi de um amigo uma imagem da Praça pimpante, com a sua Liberdade ao meio e um empedrado central e elipsóide, com os cantos boleados para os jipes do aeródromo deslizarem… Vida cainha!”
Vitorino Nemésio, in “Corsário das Ilhas”, 1956
há quem queira carapuçar passados
e há quem queira acimentar o futuro
e será assi tão mau
atão será o bidoro o futuro
e a pedra o passado
nã foi o bidoro pedra?
não o voltará a ser?
não é o bidoro transitório
e a pedra semi-eterna
e não é o cimento o filho da pedra
BIDORO KATANA E OUTRAS JAPONESICES
Banda in barbar disse...
RăspundețiȘtergerenum es malo
mas música de elevador só faz o meu estilo quando entra em crescendo
e nesta só começa a meio
resumindo o início é chato
e há um interlúdio jazz like que dura 15 segundos a mais
isto é que é música de elevador:
http://www.youtube.com/watch?v=_Js_Y4JIIxw
http://ocantinhodomestre.blogspot.com/2011/04/ergofobia.html
RăspundețiȘtergere